quinta-feira, 24 de março de 2011

A Hora do Planeta é feita de ações contínuas. Projetos de eficiência energética são exemplos

No contexto da Hora do Planeta, trazemos este post sobre eficiência energética em edifícios

Redução de energia pode chegar a 30% em prédios
Laboratório de Controle Ambiental e Eficiência Energética avalia como reduzir o consumo de energia sem perder o conforto

Da UnBAgência
Francisco Brasileiro - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Diminuir o consumo de energia sem prejudicar o conforto de ambientes é a missão do Laboratório de Controle Ambiental e Eficiência Energética da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (Lacam/FAU). Investir em uma iluminação inteligente, que combine luz natural e artificial, é uma das alternativas propostas pelos pesquisadores. Projetos que levam em conta esses conceitos desde o início chegam a gastar metade da energia de um prédio convencional. Mesmo aqueles que ganham adaptações posteriores podem ter até 30% de economia no gasto com energia.

“Para avaliar a eficiência energética de uma construção é preciso considerar três aspectos: envoltória – a estrutura externa do edifício –, o condicionamento de ar e a iluminação”, explica Cláudia Amorim, coordenadora do grupo de pesquisa Qualidade Ambiental e Iluminação Natural no Espaço Construído do Lacam. Detalhes como o uso de cores brancas na fachada são essenciais. “As cores mais escuras absorvem muito calor, o que pode aumentar os gastos com ar-condionado”, explica a pesquisadora.

O laboratório participa da avaliação de prédios para etiquetagem de eficiência energética do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) – sendo responsável pela análise das condições do prédio da nova Rodoviária Interestadual de Brasília.

Claúdia afirma que a iluminação mais eficiente é uma conquista que depende de planejamento. “O setor da construção consome 40% da energia mundial. Construir um prédio já pensando nisso significa uma economia durante toda vida útil da construção”, afirma Caio Silva, doutorando em Arquitetura Sustentável. “As lâmpadas próximas a janela tem que ter acendimento independente, para não desperdiçar a luz natural”, exemplifica Cláudia.

TEMPERATURA - Para o condicionamento de ar é importante verificar como os aparelhos de ar-condicionado, por exemplo, foram avaliados pelo Inmetro. “Eles classificam o nível de consumo de A até E. Analisamos a etiqueta dos aparelhos para saber qual vai ser o nível da construção nesse aspecto”, afirma a Claúdia.

De acordo com a pesquisadora, prédios grandes ganham pontos quando incorporam em sua estrutura ares-condicionados centrais. “O ideal para os prédios da Esplanada dos Ministérios seria, por exemplo, isso. Muitos deles ainda adotam os tradicionais aparelhos de janela”. O Lacam prestará consultoria para o projeto Esplanada Sustentável, do Governo Federal.

CASOS DE SUCESSO - Na UnB, o novo prédio do Instituto de Química é um caso de sucesso no aproveitamento da luz. “Os combogós, quadrados vazados na fachada do prédio, diminuem a incidência direta da luz solar, mantendo o ambiente agradável”, explica Milena Sintra, estudante de mestrado do Lacam. Por outro lado, a nova sede do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) apresenta outra solução para o mesmo problema. "Eles usaram uma tela verde antes dos vidros, que funciona como uma proteção solar".

http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3672

Projete adere à Hora do Planeta agendada para 26/03, 20h30

Hora do Planeta (Earth Hour)irá mobilizar comunidades e instituições de diversos países
Com colaboração João Paulo Mariano, equipe Projete


Iniciativa iniciada em 2007 pela Rede Global WWF (World Wild Foundation), a Hora do Planeta é uma mobilização que chama a atenção para as mudanças climáticas e o aquecimento global. No Brasil, a iniciativa é liderada pelo WWF-Brasil,que faz parte da rede global WWF.

O Projete, assim como diversos projetos e cidades do Brasil, aderiu à Hora do Planeta. Nos dias 24,25 até as 20h30 do dia 26 (quando será a Hora do Planeta),o Projete estará postando notas,entrevistas e dados relativos a energia, mudanças climáticas, mudanças ambientais, aquecimento global, mapeando problemas e soluções neste campo.

Convidamos nossos seguidores e parceiros na Web,no Twitter e nos espaços sociais a aderirem à Hora do Planeta.

Propomos que,no dia 26 de março, às 20h30, você:

APAGUE TODAS AS LUZES

Nos demais dias, procuremos adotar uma prática ambiental mais prudente no uso de energia elétrica e na redução das ações provocadoras das mudanças ambientais. Tópico de outro post que traremos nos próximos dias.

Para começar, fica o convite. Mobilize seus amigos, sua família, vizinhos, amigos das redes sociais etc.

No post seguinte, traremos um relato de experiência de economia de energia no Instituto de Química da UnB.

terça-feira, 22 de março de 2011

Livro é água; livro é papel; livro é árvore. Doe livros

Projete lança nova etapa da campanha de arrecadação de livros no Dia Mundial da Água


Durante a Semana de Boas Vindas aos Calouros do 2/2010 o Projete Comunicação para Sustentabilidade deu início a uma campanha de arrecadação de livros de ensino médio e outros temas. A campanha prosseguiu ao longo do semestre passado e conseguiu arrecadar uma boa quantidade de livros.

Neste momento, os livros estão na Sala de Extensão da FAC e, após coleta de livros dos calouros dos 4 cursos da FAC (jornalismo, publicidade de propaganda, audiovisual e comunicação organizacional).


O Projete espera receber doações de livros diversos grupos de ingressantes FAC - os que ingressaram por vestibular "calouros", assim como os que chegaram por transferência facultativa, mobilidade estudantil ou mudança de curso.


Destino dos livros

Em abril 2011, a equipe Projete doará os livros arrecadados para projeto de formação de jovens no Paranoá, DF e para outros projetos, a depender da quantidade final de livros arrecadados.

Doe livros e participe do Dia Mundial da Água.


Como participar


Você pode doar livros didáticos, de literatura, revistas, coletâneas, gibis, etc. Procure por um integrante do Projete ou peça à portaria FAC (porteiro ou porteira) para abrir a Sala de Extensão, Térreo FAC. Lá, na Sala de Extensão, há uma mesa para depósito dos livros.

Obrigada!

Artigo de Opinião

Por que celebrar o Dia Mundial da Água?
Henrique M. Leite Chaves

A resposta a essa pergunta não é unânime. A percepção das pessoas sobre a água, mundialmente homenageada no dia 22 de março, é distinta. Todos sabem, entretanto, que a água é base de sustentação da vida humana, vegetal e animal, sendo um recurso finito, além de escasso em muitas regiões do Brasil e do mundo. Infelizmente, muitos consideram a água como um recurso garantido, gratuito e eterno, mesmo com as crescentes ameaças à sua quantidade e qualidade. 

Levantamento das Nações Unidas indica que atualmente mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso a fontes seguras de água, fato que as tornam extremamente vulneráveis sob o ponto de vista sanitário, econômico e social. Por outro lado, alguns países do mundo privilegiam o abastecimento humano em detrimento do meio ambiente, o que gerará um alto custo ambiental no futuro. 

Além dos impactos das diversas atividades humanas sobre os mananciais, há o agravante das mudanças climáticas, que tendem a aumentar a vulnerabilidade das populações e do meio ambiente em relação à água, requerendo medidas de adaptação adequadas, para fazer frente às iminentes ameaças. 

No caso do Brasil, apesar da temática da água ter recebido certa atenção de administradores e governantes nos últimos anos, ainda falta uma agenda mais efetiva e participativa em relação à gestão dos recursos hídricos. As leis e as instituições criadas para esse fim, razoavelmente avançadas, não são suficientes para garantir a sustentabilidade hídrica, requerendo uma participação de toda a sociedade no processo, da dona de casa ao gerente da indústria.
Entretanto, faltam planejamento e vontade política. Como pode o Brasil almejar um lugar de destaque no mundo se 80% do esgoto coletado no país são ainda lançados nos rios sem tratamento? Será que os contribuintes sabem que para cada real investido no saneamento outros quatro são economizados na saúde pública? Não é surpresa que o maior orçamento governamental seja o da Saúde e não o da Educação, como deveria. 

No Distrito Federal, apesar da ameaça iminente de escassez hídrica e do prognóstico pouco confortável sobre o futuro próximo, a gestão dos recursos hídricos ainda é incipiente. A demanda de água representa atualmente 97% da oferta, o que torna a Capital extremamente exposta ao risco de racionamento. Considerando que, estatisticamente, a demanda por água quadruplica cada vez que a população é duplicada, o que acontecerá com o abastecimento de água do DF nos próximos 20 anos? Terminaremos captando água reciclada do lago ao invés de água mineral do Parque Nacional?
Além disso, os poucos mananciais prístinos na capital da República, bem como suas zonas de recarga e de tamponamento, vem sendo ameaçados pela expansão urbana, principalmente pela indústria dos condomínios irregulares, que são posteriormente “regularizados”. Como diz o ditado, “não há almoço grátis”. Pagaremos todos essa conta.  
O que, então, deve ser feito? Muitos têm receitas prontas (e muitas vezes erradas) para o problema. Entretanto, para garantir a sustentabilidade hídrica das futuras gerações, deveríamos monitorar adequadamente os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, adotar medidas racionais de uso da água e instrumentos efetivos e transparentes de planejamento e gestão dos recursos hídricos, proteger os mananciais e pesquisar sempre. Não é apenas o governo o único responsável por essas tarefas, mas toda a população, incluindo todos os setores usuários. 

Os incentivos econômicos são os instrumentos mais efetivos que as simples ações punitivas, pois os primeiros têm efeito multiplicativo e reforçam a adoção de boas práticas de gestão. Como exemplos, temos a redução da conta de água após a economia comprovada no consumo, e o pagamento por serviço ambiental relativo à melhoria da qualidade e quantidade de água, nas bacias hidrográficas abastecedoras. Esses incentivos são, por sua vez, recuperados rapidamente através de ganhos econômicos, sociais e ambientais, substituindo o atual círculo vicioso pelo virtuoso. 

Além disso, a gestão dos recursos hídricos deve ser integrada à de outros recursos ambientais, como o solo e a vegetação, e não compartimentalizada, como ocorre atualmente. Entretanto, para que esses objetivos sejam atingidos, um elemento é fundamental: a educação. Com ela, as pessoas não apenas responderiam com facilidade a pergunta título deste artigo, mas seriam também capazes de mudar o mundo em que vivem. 
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=378

Quer economizar água e não sabe como? Veja o que recomenda a CAESB

 Companhia de Água e Esgoto do DF (CAESB) recomenda pequenas ações cotidianas que podem fazer grande diferença.

Confira e experimente
 http://www.caesb.df.gov.br/_publicidade/quadroAvisos.asp?id=1084#Posicao1084

22 de março - Dia da Água, mais do que uma efeméride. Projete lança Blog e campanha de arrecadação de livros

Para o Projete Comunicação para Sustentabilidade, o Dia Mundial da Água é um dia de necessária reflexão para as comunidades que habitam o Cerrado brasilieiro

No Dia Mundial da Água, o Projete Comunicação para Sustentabilidade lança seu blog e a nova etapa da campanha de arrecadação de livros para os ingressantes no 1/2011 na FAC UnB.

O Projete Comunicação para Sustentabilidade é um Projeto de Extensão de Ação Contínua (PEAC) vinculado à Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília www.fac.unb.br e registrado no Decanato de Extensão da UnB  http://www.unb.br/administracao/decanatos/dex

Os dois projetos - lançamento do Blog e da campanha de doação de livros, segunda etapa, acontece hoje agregando significado à água.
Agua que é vida, literalmente, pois ninguém sobrevive sem uma porção mínima de água. Da mesma forma, a agricultura não se realiza sem água. Nem alguns setores da indústria. Tampouco há equilíbrio nos biomas.


Ao mesmo tempo, estamos, comunidade da Universidade de Brasília e arredores, em pleno cenário do Cerrado, bioma conhecido como Berço das Águas.

Águas Emendadas

No Distrito Federal, em Planaltina, fica a Estação Ecológica de Águas Emendadas. Nessa Estação, nascem duas bacias hidrográficas importantes: Bacia Tocantins-Araguaia e Bacia Platina.

Cidade planejada, Brasília e a carência de água


Brasília, a capital do Brasil, foi fundada em 1960. A cidade que cresceu do solo dentro de quatro anos está situada no planalto central do Brasil, do qual hoje fazem parte 18 cidades satélite, que em parte se desenvolveram a partir de quarteirões de trabalhadores, mudanças (forçadas) ou reinstalações.

Nas últimas cinco décadas, a população na região metropolitana cresceu a uma velocidade incrível. Enquanto em 1950 lá viviam 36.000 pessoas, hoje o número é quase 70 vezes maior, com cerca de 2,5 milhões de habitantes numa área de 5.822 quilômetros quadrados. O Distrito Federal não é uma área urbana coesa, mas sim, com a sua densidade populacional bastante baixa e as áreas agrárias dominantes.

As consequências deste crescimento vertiginoso da população e diversas alterações ambientais poderão levar, nos próximos anos, a um déficit entre a oferta e a procura de água potável. Mais de 90% da água potável no Distrito Federal são hoje obtidos da barragem do Rio Descoberto, situada a 25 km de Brasília, e do Rio Paranoá. Segundo cálculos da CAESB, que se baseiam num consumo atual per capita com um crescimento invariável da população, no ano de 2010 a quantidade de água atualmente produzida já não conseguirá cobrir a demanda. 

Por este motivo, é necessário desenvolver concepções baseadas em cenários para assegurar o abastecimento de água em Brasília. Para isso é necessário considerar todos os aspectos, desde a economia e a exploração de novos recursos hídricos em lençóis freáticos e em águas de superfície até à utilização de águas residuais tratadas.

Arrecadação de livros

Sobre a campanha de arrecadação de livros, veja as outras postagens do Dia Mundial da ´Água aqui no Projete.

Um brinde! da mais pura água.